domingo, 10 de abril de 2011

Salvação - Episódio 10


A Bomba
A frase ecoou na minha cabeça com força, isso significava que eu ia morrer?
Eu não sabia o que sentir.
Queria chorar mesmo sem poder, queria acreditar que era mentira mesmo sabendo que era impossível que fosse... Queria poder me esconder para pensar no que poderia fazer para evitar minha própria morte.
-Como assim?
Meu pai perguntou, não querendo acreditar.
-Eu a vi morta.
-E você viu quem a matava?
Perguntou Zafrina, visivelmente preocupada.
-Sim.
-Quem?
A informação era vital, mas ainda assim, parte de mim não queria saber, pois eu tinha medo. Maldito tempo que não esperou pela minha decisão, pois Alice logo respondeu:
-Eram quatro vampiros contra ela, dois que eu não conheço e não sei quem são, uma vampira jovem e...
Ela olhou diretamente para mim e eu senti o estouro da bomba mesmo antes de ela ser lançada.
-Jean-Claude.
De alguma forma, eu consegui me manter de pé, apesar de ser muito difícil.
-Tem certeza?
Consegui sussurrar.
-Sim.
-E o que nós podemos fazer para impedir isso?
Meu pai perguntou. Esme se aproximou de mim e me abraçou como se quisesse me proteger do inimigo invisível que era o meu futuro.
-Temos que afastá-la dele.
Alice disse, ainda me olhando.
-Podemos tirá-la da escola e ir embora daqui?
Meu pai perguntou, Carlisle logo disse:
-Talvez possamos apenas mudar as aulas dela, fazem poucos meses que estamos nesta cidade e além disso, alguns de nós estão na faculdade pela primeira vez.
Apesar de contrariado, meu pai respondeu:
-Tudo bem, mas não deixem esse vampiro se aproximar da minha filha.
O tom dele era determinado, quase uma ordem.
-Não deixaremos.
Edward respondeu, também com voz firme.
Todos me olharam como se eu fosse uma bonequinha de cristal que podia quebrar ao menor toque e que precisava ser protegida, era, como Michael chamava, a missão dos Cullen, isso era quando algum membro da família corria perigo e todos os outros tomavam como uma missão pessoal protegê-lo.
-Então não fique perto dele Julliet.
Carlisle disse, e eu apenas assenti.
-Irei hoje mesmo tentar mudar seu horário para que suas aulas não batam com as dele.
-Vou com você.
Zafrina disse, determinada e Carlisle assentiu em concordância.
-Que tal uma caçada?
Michael perguntou, querendo quebrar o clima de preocupação.
-Melhor não.
Edward logo respondeu.
-Por que?
-Por que na última caçada vocês encontraram com eles, não podemos deixar que aconteça novamente.
-Ok.
-Então que tal jogarmos basebol?
Emmet perguntou.
-Pode ser, iremos todos juntos.
Carlisle respondeu, calmo como sempre.
E todos começaram a ir atrás de tudo para o jogo, mas os gestos de todos me pareciam um pouco mecânicos de mais, como se eles nem prestassem muita atenção no que faziam.
Naquele momento enfim percebi que não podia mais ficar perto de Jean-Claude e por algum motivo, acima do saber que estar perto dele seria a minha morte, senti pesar por isso.
Queria que ele não fosse realmente participante da minha morte, mas pelo Alice tinha dito parecia que sim, mas será? Me aproximei de Alice e perguntei:
-O que exatamente você viu?
-Já disse...
-Não, quero saber em detalhes, tudo o que viu.
Os outros pareceram parar o que faziam por um momento para prestar atenção na minha pergunta e na resposta que Alice deu logo em seguida:
-Vi uma fogueira dentro de um grande salão, dois vampiros ficavam apenas olhando enquanto a vampira e Jean-Claude te despedaçavam para te atirar na fogueira.
-Nenhum de vocês estava la?
-Não, só estava você.
-Sabe que lugar era esse?
-Não, eu não o conheço, mas acho que era uma biblioteca, pois haviam grandes estantes com livros bem longe da fogueira que ficava bem no centro da sala.
Ou seja, com certeza Jean-Claude ia me matar, mas por que eu não conseguia odiá-lo por isso?


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