segunda-feira, 11 de abril de 2011

Salvação - Episódio 21


Capítulo 3

Existe o amor que salva e o amor que condena,
Existe o amor que ilude e pode te enganar,
Isso pois o amor é o único que sempre
Pode ser sem jamais precisar parecer,
E que por mais que seja morto,
Sempre teima em renascer.

O Pôr Do Sol
Olhei pela janela da sala, o sol estava prestes a se pôr.
Edward ainda estava tocando, mas agora tocava uma música mais feliz do que a que tinha feito para mim. Apesar de tudo, eu tinha gostado da melodia que ele compusera...
Me perguntei se deveria ir ao encontro de Jean-Claude, eu queria muito ir, mas não sabia se era certo.
-Talvez não seja, mas nunca vai saber se não for.
Edward disse.
Olhei para ele pensei por um momento no que deveria fazer.
Polly e Michael desceram as escadas e Polly se sentou ao meu lado, Michael se sentou também.
-E então, o que vamos fazer hoje?
Polly perguntou, com um sorriso.
-Não sei.
Respondi, sem esconder o desânimo.
-Julliet...
Michael começou e depois prosseguiu, falando rápido:
-Faça o que você quiser, a vida é sua, as escolhas são suas, não precisa ficar aqui só por que esperam isso de você.
Só ele mesmo para me dizer para fazer isso... Mas, com um sorriso tive de concordar.
-É verdade.
Olhei para Edward, ele deu de ombros.
Era a hora da decisão, olhei mais uma vez para a janela, o pôr do sol já tinha começado.
Edward parou de tocar por apenas um segundo, tempo o bastante para mudar a melodia, olhei mais uma vez para ele, era a minha música, triste e suave, tomei minha decisão.
Em poucos segundos atravessei a porta dos fundos da casa, por sorte não apareceu ninguém da família para me impedir, enquanto eu me afastava da casa, ainda podia ouvir o som do piano, incrivelmente ele ficou gravado na minha memória e mesmo depois de eu não poder mais realmente ouví-lo, a música ainda tocava na minha mente, me dando forças.
Logo cheguei onde tinha encontrado Jean-Claude no dia anterior e lá estava ele, com as mãos dentro dos bolsos da jaqueta e um ar preocupado que foi substituído por um sorriso charmoso assim que me viu chegar.
-Você veio.
Ele disse, os olhos dele brilhavam e eu senti o coração derretendo como gelo no sol quente.
-Claro.
Respondi, afinal, não sabia o que mais podia dizer.
-Então, isso quer dizer que gosta de mim?
Me surpreendi um pouco com a pergunta e dando de ombros, respondi:
-Sou culpada mesmo, eu assumo.
O sorriso dele se alargou e ele caminhou para mais perto.
-Mesmo sabendo que pela visão da Alice eu vou te matar?
Ele perguntou, o sorriso se apagando um pouco.
-Sim, mesmo sabendo disso.
-Então, será que isso quer dizer que vamos ficar juntos?
-Não sei.
Ele deu mais um passo para perto.
-Não sabe?
Ele avançou ainda mais e então tocou no meu rosto.
-Não sei.
Eu repeti, e olhando bem fundo nos meus olhos ele perguntou:
-Você quer ficar comigo Julliet?
O meu nome soava tão bem quando ele o dizia, tentei me focar na pergunta, ou melhor, na resposta. Vacilei por um momento e então respondi a verdade:
-Sim.
O sorriso dele se tornou mais luminoso e ele segurou na minha mão direita com delicadeza.
-Então venha comigo.
Era um pedido tão simples, e a resposta podia ser um mero "sim" mas as palavras não saíam da minha boca, será que ir com ele seria a coisa certa?
-Para onde?
Perguntei, sem saber ainda qual resposta eu queria dar.
-Isso importa?
Na verdade, percebi que não importava.
Ele pressionou minha mão suavemente e eu soube o que responder.



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