segunda-feira, 11 de abril de 2011

Salvação - Episódio 24


Explicações
-Como assim ficar?
Meu pai tornou a perguntar e eu olhei para a minha família, toda reunida bem em frente á nossa casa.
-Bem...
Eu comecei, tentando encontrar as melhores palavras para dizer o que precisava ser dito.
Todos me olharam de um jeito meio preocupado, o que não ajudou nem um pouco.
-Jean-Claude me disse que vive com alguns vampiros que não deixam que ele vá embora e...
Bella me interrompeu:
-Como assim não deixam ele ir?
-Jean-Claude não tem poderes, mas os vampiros com quem ele mora têm, e eles os usam para impedí-lo.
Todos ficaram em silêncio por um segundo para processar a informação e então Carlisle disse:
-Mas ele já tentou fugir desses vampiros antes?
-Sim, mas ele sempre é pego.
Meu pai bufou, dizendo:
-Ok, e o que isso tem a ver connosco?
Carlisle lançou um olhar recriminador para meu pai, mas este fingiu não notá-lo.
-Bem, eu ofereci nossa proteção para que...
Meu pai não deixou terminar:
-Você o que?
-Eu achei que...
-Nós não vamos ajudar alguém que vai te matar no futuro!
Zafrina apertou a mão dele um pouco e disse:
-Acho que essa é uma decisão da Julliet.
-Mas ela é minha filha!
Carlisle intercedeu:
-Sabemos disso, mas creio que Julliet já tem idade para tomar as próprias decisões.
Pela expressão que meu pai fez ficou claro que ele não concordava, mas não disse nada.
-Acho que podemos dar uma chance para ele.
Alice suspirou dizendo:
-Não acho que minha visão esteja errada, mas se é o que você quer...
Eu assenti.
-Ainda assim acho que não faz mal ficarmos de olho nele.
Jasper comentou, com um tom de voz neutro.
Eu dei de ombros.
-Tudo bem.
Assim ficou decidido que Jean-Claude seria bem vindo ou ao menos aceito quando chegasse depois de resolver seus problemas misteriosos.
Na realidade, apenas os gêmeos, as garotas do tempo e Edward ficaram satisfeitos com isso, os outros ou evitaram mostrar o que sentiam realmente, ou apenas aceitavam como algo inevitável. Claro que meu pai não estava nem um pouco contente, mas Zafrina tentava convencê-lo de que devia aceitar o novo quase genro que tinha ganhado.
-E então, não tem mesmo ideia de quando ele vai vir?
Polly perguntou, enquanto estávamos no nosso grupinho habitual sentados na varanda da casa para observar o nascer de um novo dia.
-Não.
Eu respondi, desanimada. Algo me dizia que ele não viria tão cedo.
-Ele realmente não te beijou?
-Também não.
-Que droga hem.
Polly comentou, desapontada.
-Quer que vejamos quando ele volta?
Fiquei tentada a aceitar, mas não tive a chance de responder, pois Samantha disse:
-Não sei, acho que é melhor ser surpresa.
-Por que?
-Sabe que eu não gosto de fazer viagens no tempo, elas sempre acabam revelando algo que não queríamos saber.
-Sua estraga-prazeres.
Polly disse, mas eu sabia que Sam estava certa, afinal, se algo ruim ia acontecer, eu realmente não queria saber.
O nascer do sol naquele momento não me pareceu tão bonito, as cores estavam desbotadas, o brilho parecia opaco, era como se aquele instante, breve e passageiro fosse um marco, como se o silêncio fosse uma afirmação que dizia que agora, eu teria que esperar, por quanto tempo? Gostaria de saber essa resposta, mas pelo visto ela não seria me dada com facilidade.
-Está tudo bem?
Sam perguntou, com um ar preocupado. Talvez alguma coisa na minha expressão estivesse mostrando o que eu sentia, mas eu não me importei muito com isso.
-Não, mas vai ficar, ao menos é o que eu espero.
Mas, não importava quanto tempo ele fosse demorar, eu espararia por ele. Jean-Claude tinha prometido que ia voltar e eu acreditava nessa promessa, ela era para mim como um raio de luz no meio das trevas, como um porto seguro para um navio prestes a naufragar...
E quando ele chegasse, tudo ficaria bem, disso eu estava certa.

0 comentários:

Postar um comentário

Seguidores

blog parceiro.



 
loucos por saga crepusculo creditosbtemplates creditos Templates by lecca 2008 .....Top