segunda-feira, 11 de abril de 2011

Salvação - Episódio 23


A Promessa
-Então, vou te levar para casa agora.
Jean-Claude disse, olhando para o céu, já estava anoitecendo.
-Não precisa.
Eu disse, afinal, não seria uma boa hora para uma visita, especialmente dele.
-Eu faço questão.
Ele disse, e parecia decidido.
-Não acho que seja uma boa ideia.
Eu disse, séria.
Meu pai não ia gostar de saber que eu tinha encontrado com ele, e se Jean-Claude estivesse por perto, nada no mundo o impediria de atacá-lo.
-Não se preocupe comigo, preciso mesmo pedir desculpas para sua família.
-Isso é sério?
Ele só podia estar brincando!
-Claro que é, eles acham que eu vou te matar, mas eu não vou.
-Alice viu...
-Pois desta vez, Alice está enganada.
-Ainda assim...
Ele olhou bem para mim e tocou levemente meu rosto com uma das mãos, dizendo:
-Vai dar tudo certo.
Apesar de saber que isso era uma tremenda idiotice da minha parte, eu acreditei nele, de alguma forma tive certeza de que tudo daria certo e me preparei para protegê-lo da minha família se fosse preciso.
-Vamos?
Eu apenas assenti e segurando firme minha mão, ele começou a correr, corremos em alta velocidade mas para mim pareceu se passar um século antes de chegarmos até a frente da minha casa e quando chegamos, todos estavam nos esperando, meu pai estava com um olhar furioso e Zafrina segurava a mão dele, talvez para apoiá-lo ou então para impedi-lo de atacar.
-O que você faz aqui?
Meu pai perguntou, com um rosnado, olhando diretamente para Jean-Claude.
-Vim trazer Julliet para casa.
Ele apertou minha mão um pouco e eu disse:
-Ele fez questão.
-Muita gentileza para um assassino.
Meu pai disse, num tom raivoso.
-Não sou um assassino.
-Eu vi você matando Julliet.
Alice disse, num tom acusador.
-Mas eu não farei isso, acho que sua visão está errada.
-Ele está dizendo a verdade?
Bella perguntou, olhando para Edward.
-É estranho...
Edward disse, parecendo um pouco confuso.
-O que?
Eu perguntei, ansiosa.
-Ele está dizendo a verdade, pelo que vejo na mente dele, nunca machucaria Julliet, na verdade ele...
Edward parou de falar abruptamente e depois completou:
-Bem, essa parte, ele mesmo vai contar quando estiver pronto.
-Obrigado.
Jean-Claude disse, com um sorriso.
-Mas Alice viu que ele a matava!
Meu pai repetiu, ainda irritado.
-Não posso ser condenado por um futuro que, se depender de mim, jamais acontecerá.
Jean-Claude disse, com firmeza.
-Tem razão.
Carlisle afirmou e em seguida prosseguiu:
-Não podemos condená-lo, mas ainda assim precisamos proteger Julliet.
-Entendo a preocupação de vocês, mas ela é infundada.
-Nunca errei em uma visão.
Alice disse.
-Sempre há uma primeira vez.
Jean-Claude rebateu.
-Ainda acho que devemos matá-lo para evitar qualquer coisa.
Meu pai afirmou e Carlisle logo rebateu:
-Não é assim que agimos, só matamos quando é indispensável fazer isso.
-Eu acho que a morte iminente da minha filha torna isso indispensável.
-Julliet, o que você acha?
Nessie perguntou, com delicadeza.
-Ele não vai me matar, tenho certeza disso.
Eu respondi, com convicção.
-Bem, agora preciso ir.
Jean-Claude disse, soltando minha mão.
-Como assim? Achei que fosse ficar.
Eu perguntei, confusa.
-Ficar?
Meu pai perguntou, mais confuso do que eu, mas eu o ignorei e Jean-Claude também.
-Preciso resolver algumas coisas antes disso, e nem tenho certeza de que eles me queiram aqui.
-Mas...
-Assim que eu resolver o que é preciso, virei até aqui, enquanto isso, converse bem com sua família.
-Vai demorar quanto tempo?
-Não sei dizer, mas eu virei.
-Tem certeza?
-Eu prometo, Julliet, vou voltar e quando isso acontecer, vai ser para ficar.
-Está bem, eu vou te esperar.
Ele olhou para o céu da noite e depois voltou a olhar para mim com um sorriso:
-Será que eles me matam se eu...
-O que?
Ele passou a mão pelos cabelos e disse, num sussurro:
-Se eu te beijar.
Eu sorri, não pude evitar.
-Vamos.
Meu pai respondeu, com um rosnado feroz.
-Devia ter feito isso antes.
Eu comentei, também num sussurro, como se fosse adiantar alguma coisa numa família cheia de ouvidos aguçados.
-Tudo bem, é mais um incentivo para que eu volte rápido.
De repente me dei conta de que aquilo era um adeus, mas não, um adeus seria terrível de mais, decidi que aquilo só podia ser um "até logo".
-Não esqueça de voltar.
Ele pegou minha mão com delicadeza novamente e disse:
-Não poderia esquecer nem que eu quisesse e acredite, eu não quero.
Com suavidade, ele deu um beijo na minha mão.
Certo, eu preferia um na boca, mas ainda assim era um gesto tão lindo que gostei da mesma forma.
E então, sem mais nenhuma palavra ele soltou minha mão e foi embora, uma brisa foi o único indício da sua ida, eu senti um aperto no peito, e se ele não voltasse?


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