segunda-feira, 11 de abril de 2011

Salvação - Episódio 17


Inimiga
Não, eu não estava fugindo.
Pelo menos não exatamente.
Só queria poder pensar livremente um pouco, e para isso precisava estar fora de casa, ou Edward perceberia tudo...
Dei uma olhada rapidamente para trás e vi a casa. Provavelmente nem notariam que eu tinha saído, ao menos era o que eu esperava.
Caminhando pela floresta deixei os pensamentos fluírem. Será que valia a pena amar sabendo que o amor me levaria á morte? Mas e se Alice estivesse de alguma maneira errada?
Havia um tronco caído e eu me sentei em cima dele. Olhei ao redor. Podia ver alguns olhares noturnos de animais, mas eles não podiam me oferecer nenhum risco então não dei importância.
Um galho se partiu bem atrás de mim e senti que alguém se aproximava, num salto me coloquei de pé e me voltei para trás, em posição de ataque.
Demorou um segundo ou talvez menos para que ela aparecesse, seus longos cabelos pretos e lisos, os olhos vermelhos, passos lento de propósito, era a tal quase parceira de Jean-Claude.
Ela me observou bem antes de me reconhecer, afinal, eu estava na forma de uma criança, mas por fim ela teve certeza de que era eu, a semelhança dos traços entre o meu eu criança e adolescente eram realmente muito grandes.
-Você por aqui? E ainda mais sozinha?
Ao dizer isso ela sorriu.
Ok, me senti mesmo um pouco idiota por ter me exposto a esse tipo de risco, mas não admitira isso para ela nunca. Meu cabelo começou a adquirir um tom avermelhado, era ela interferindo nos meus poderes.
-Pare com isso.
Eu disse, sem esconder a agressividade.
-Com o que?
Ela perguntou, com um sorriso falso e voz doce.
-Pare de interferir nos meus poderes!
-Desculpe, pensei que fosse você que gostasse de mudar a cor do cabelo... Sabe, interessante esse seu poder.
Eu não respondi, fiquei apenas encarando-a.
-Não gostou do elogio?
-Isso não foi um.
Ela sorriu, mas era um sorriso de certa forma perigoso.
-Afaste-se de Jean-Claude.
Ela disse, abruptamente, e o sorriso desapareceu do seu rosto.
-Não farei isso.
-Pois é bom que faça, ele é meu.
-Parece que ele não concorda com isso.
-Não importa o que ele acha, ele me pertence e se eu fosse você não tentaria me enfrentar.
-Mas você não é, e eu não tenho medo de você.
Ela me lançou um olhar selvagem e eu senti um tremor, minha forma começou a mudar com mais intensidade, meu corpo aumentou de tamanho e eu lutei para ter uma forma única, era como se ela tentasse me dominar e me dobrar á sua vontade.
Deixei escapar um rosnado e com determinação me tornei mais estável e avancei contra ela, ela não esperava pelo ataque e acabou caindo no chão, nós duas rolamos na grama enquanto eu a arranhava com as unhas e a esmurrava com as mãos consecutivamente, ela tentou defender o rosto com os braços e com um golpe certeiro me tirou de cima dela, fui atirada para longe e bati em uma árvore com força, fazendo-a se partir ao meio.
-Você não vai querer fazer isso de novo!
-Pois farei!
E, como que para confirmar as minhas palavras avancei contra ela de novo, um ódio profundo despertou em mim por um motivo que nem eu mesma queria examinar naquele momento e novos golpes começaram a surgir na minha mente, como se eu tivesse sido treinada em outra vida.
Ela mais uma vez conseguiu me afastar, mas só que dessa vez com muito mais esforço. Quando o fez, estava bastante machucada e eu tinha apenas alguns arranhões, isso de certa forma me deixou muito feliz.
-Eu vou voltar.
Ela disse e depois fugiu.
Talvez ela fosse mais covarde do que eu afinal. Ao menos eu já sabia que lutava melhor do que ela e que poderia matá-la se quisesse realmente, isso me deu um grande alívio.
Mas uma coisa era certa, eu tinha definitivamente conquistado nela uma inimiga que só desaparecia se fosse morta. Incrivelmente, saber disso não fez com que eu me sentisse mal

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